DIY é mais do que estimular o cérebro, é também uma forma de ser contra o sistema corporativo/industrial e também monetarista.
Podemos trocar experiências, conhecimentos e até mesmo o produto final.

Na construção a coisa é sem mimimi e momomo, o papo é rústico e reto! :oD

Sai da cidade grande em nome de um dia a dia mais salubre e para construir minha casa com uma boa oficina, e nela poder fazer minhas estrapizongas mais livremente, o resto é história...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Não recomendo: lâmpadas "econômicas"

Bom parece que de fato proibiram as lâmpadas incandescentes.
Um arbitrariedade em nome de interesses escusos.

Mas pelo que vejo nas lojas as pessoas já perceberam a falcatrua das lâmpadas econômicas.

escrevi há uns anos sobre o tema, mas fica o meu "não recomendo" como forma de protesto, já que fui comprar umas graciosas lâmpadas de filamento e não pude.




Observações fixas dos posts com marcadores "NÃO RECOMENDO!": 

  1. Trabalho em desenvolvimento de hardware e software há décadas e portanto, acostumado a lidar com requisitos e normas técnicas, além do mais, leio até caixa de pasta de dente, portanto, alegar que é um problema meu no mínimo é leviandade.
  2. Devemos lembrar sempre que um produto que atende aos requisitos técnicos e éticos não merecem elogios pois são obrigações dos fabricantes e nós pagamos por isso.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Construindo a minha casa - Subindo a bagaça / Parte 2 de 2

Já disse que acho essa fase a mais chata, apesar de ser a mais rápida porque parece que o rendimento do trabalho é maior.
Depois de checar o enchimento de colunas e vigas, chega-se a preparação da laje.
Observe antes o que não deveria existir em uma coluna ou viga: as "bixeiras".


Essas falhas são ocasionadas pela pouca vibração durante o enchimento ou pouca fluidez no concreto.
Como eu disse anteriormente, isso não deveria acontecer, assim como o enchimento de uma coluna em duas partes, mas na prática...



Enfim, chaga-se a laje.
Cobrir parece um rito de passagem, mesmo no meu caso onde essa laje foi a primeira.


A laje pré-fabricada deve ser medida e orçada já na metade da altura das paredes pois geralmente as lojas não tem pronta entrega mesmo quando dizem que tem (Brasil-il-il-il).
Normalmente se usam lajes H8 ou H12 com elementos cerâmicos ou de polímero (isopor).
Se tiver escolha e for praticamente o mesmo preço opte pela de isopor: mais leve, melhor isolação térmica/acústica, menos quebras e menos entulho.

Laje com blocos cerâmicos entre as treliças.

Laje com blocos de isopor entre as treliças.
Lembrando que tanto o cerâmico quanto o isopor NÃO tem função estrutural!


Quanto à espessura H8 (8 cm) ou H12 (12 cm), depende do maior vão livre e da carga. O próprio orçamentista vai sugerir.
Não deixe de usar uma malha de aço além da ferragem perpendicular às treliças. Isso lhe garantirá maior rigidez à estrutura evitando desagradáveis trincas.

Existem ainda as H16, H22, metálicas, antigas lajes maciças, pré-moldadas, etc. Acho que na maioria esmagadora das casas comuns as escolhas recaem entre H8 e H12 mesmo.

No enchimento da viga vale lembrar das tubulações, conduítes, etc, apesar de na maioria dos casos os pedreiros são do tipo "eu quebro depois".
Em alvenaria estrutural isso é inconcebível!

Detalhe de uma viga semi-embutida em laje H8. 
Essa viga foi necessária devido ao vão livre da sala de estar/jantar e para não aparecer tanto ela foi embutida, ou seja, concretada junto - dentro - da laje.

Como as caixas elétricas de teto (existem caixas padrão para serem colocadas entre as treliças) são uma espécie de passagem geral, observe se elas se conectam entre si e com as caixas de parede dos circuitos a que elas se destinam.

Quanto mais conexões melhor, mesmo que seja redundante.
Às vezes uma (ligação ou conduíte) fica com muitos cabos ou até mesmo fica interrompida e se tiver poucas interligações de conduítes você pode ter problemas.



Antes de concretar acho altamente aconselhável checar a passagem de fios com um passa fio, e em casos de conduítes que se destinam a cabos mais grossos (chuveiros, aquecedores, torneiras elétricas, etc) já deixe um cabo de passagem dentro dele (cabos são caros, mas eles podem ser reaproveitados depois). 

Meu post anterior tem muita informação sobre instalação elétrica.

No caso de sobrados fique atento às caixas de esgoto. Decida antes se vai usar forro de gesso para esconder a tubulação ou vai embutir na alvenaria (laje).


A laje é escorada por vários pontaletes ou calços de aço.
No primeiro caso você compra e quase que invariavelmente vai virar lixo, mas sabendo aproveitar, dá pra fazer muita coisa com eles apesar da alardeada fragilidade do eucalipto.

No segundo caso as escoras são alugadas.
Tudo é uma questão de avaliar o preço e o que se consegue negociar.

Laje cheia e mangueira para eu "regá-la".

A laje pode ser enchida com concreto virado na obra ou usinado.
O concreto usinado é de melhor qualidade e praticamente sai o mesmo preço do virado na obra (contando material, mão-de-obra e desperdícios), em torno de R$ 250,00/m³.
Em geral, acima de 80 ou 90 m² de laje nem pense em usar virado na obra.

Depois de cheia a laje dever ter uma cura úmida de no mínimo 15 dias para se iniciar algo na parte superior, telhado ou segundo pavimento.
Enfatizo: cura úmida!

Lembrando que, como todas as misturas com cimento, o concreto não seca e sim cura.
Para que o concreto atinja resistência máxima e não sofra retração é necessário que ele esteja permanentemente úmido enquanto cura.
Para isso pode-se usar uma manta bidim constantemente molhada ou mesmo sacos de cimento vazios empapuçados.
Ou ainda, como eu fiz, ir ao menos 3 dias duas vezes por dia "regar" a bichinha.
A cura úmida evita trincas e rachaduras e fará com que a laje tenha a resistência desejada.

Passados duas semanas começamos o segundo piso.


Nada muito diferente dos cuidados do primeiro piso.

A pedidos, umas fotos "adiantadas":

Frente parcial 1: ainda com a sacada da suíte (que na verdade é uma sala de banho, pois tem a hidro dupla interligada com o banheiro da suíte) sem vidro. 

 Frente parcial 2: tudo reto e sem firulas.


Parte de trás: as cores esdrúxulas foram escolha da patroa, se bem que pra mim pintado de qualquer coisa tá bom, desde que cores que existam em catálogo pra não complicar nem encarecer. Os "lindos" canos de saída da água foi obra minha (hehe): queria fazer uma sisterna para aproveitar a água e ainda não tinha decidido onde colocá-la, por isso pedi pra deixar aparente mesmo.


Se olharem a planta irão perceber que aqui em casa ninguém se interessa por status, seja, o que irão olhar de fora, mas priorizamos espaços abertos, iluminação e ventilação, enfim, cada um com seus problemas.




quarta-feira, 16 de julho de 2014

Não recomendo: esquadrias de alumínio

Olha, sei que vai parecer heresia, mas não recomento de modo nenhum esquadrias de alumínio.
Só existem dois motivos que fariam alguém escolhê-las: preguiça (também usada com a alegação de que não dá manutenção) e preço (porque é mais barato que seus similares de madeira boa e PVC).

Pois é, foram os meus motivos...

O desempenho térmico é calamitoso.
O acústico então nem se fala.
E apesar de ter solicitado perfis de primeira linha acho tudo bastante frágil.


Ok, ficou com a cara de pobre mas limpinho, mas na próxima construção eu já sei: PVC com alma de aço ou a clássica madeira boa (mesmo que de demolição)!
Vivendo e aprendendo... ou confirmando...


Observações fixas dos posts com marcadores "NÃO RECOMENDO!": 

  1. Trabalho em desenvolvimento de hardware e software há décadas e portanto, acostumado a lidar com requisitos e normas técnicas, além do mais, leio até caixa de pasta de dente, portanto, alegar que é um problema meu no mínimo é leviandade.
  2. Devemos lembrar sempre que um produto que atende aos requisitos técnicos e éticos não merecem elogios pois são obrigações dos fabricantes e nós pagamos por isso.